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Pipoca Pop – receita gratuita de crochê

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Essas pipocas são um estouro! 😂 Senta com um balde de pipoca, porque a história é longa!

Em março, logo que começou a quarentena, eu fiz um balde de pipoca. No dia seguinte, a tampa da minha pipoqueira tinha sumido. Eu revirei tudo (mesmo! Incluindo o saco de lixo do prédio), mas a tampa parece ter sido abduzida. Estava frustrada, porque não teria como fazer pipoca sem a tampa (eu faço sem óleo, então, panela não era uma opção).

Passei alguns dias intrigada e perturbando o marido pra me ajudar a encontrar a tampa. Nada. Foi quando veio a news da Elisa (A Costureirinha) com a proposta de 4 projetos em costura que tinham tudo a ver comigo – o zafu para meditar, o marcador de páginas, a almofada para relaxar e… um saco para estourar pipocas! 😁🥰

Meu coração não se aguentou! Queria costurar tudo, mas, enquanto o material não chegava, comecei a tecer essas pipocas de crochê pra me consolar. Fiz tantas, que não sei contar, mas me diverti muito nesse processo! E o balde de pipoca sem tampa? Virou comedouro lento para as dogs – enriquecimento ambiental, baby. 😉

Pipoca como símbolo

Símbolo da prosperidade, os grãos duros e mirrados do milhos crescem 400% após estourar. É ligada ao orixá Obaluaê, responsável pelo fogo e pela morte e cujas expressões remetem a generosidade, empatia e honestidade. Ele tem o poder da cura e da destruição, que interpretados simbolicamente são os ciclos e a oportunidade que trazem de recomeço.

A minha terapeuta me lembrou de outro aspecto interessante: quando o milho duro passa pelo fogo se transforma na pipoca macia. Assim somos nós, frente às transformações da vida – nos tornamos maleáveis, agradáveis, divertidos, maiores! Ao passo que, quando nos recusamos a passar pelas transformações, viramos piruá: seguimos no apequenamento, sendo tacanhos, rígidos e insípidos.

Passar pela transformação é um exercício que demanda consciência, disponibilidade emocional e autocompaixão. O importante é seguir em movimento, como alguns milhos, que pulam, mas nem sempre estouram de primeira. Como disse Rubem Alves:

“Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: Bum! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, com que ela mesma nunca havia sonhado.”

Há as pipocas que já estouraram e sofrem com o calor da panela quente esperando que os demais milhos se transformem, senão todo mundo queima. Isso diz muito sobre comportamento coletivo e empatia.

Agradeço às queridas e maravilhosas crocheteiras-pipoqueiras Camila, Karina, Thainá, Natasha, Cintia, Silvana e Vanessa que testaram essa receita, trouxeram correções e insights incríveis para que você possa se divertir tecendo. <3